Texto inaugural da série História Africana, que trará lembranças de grandes personagens, equipes, partidas e campanhas memoráveis, ou histórias curiosas do passado do Futebol Africano.
Nascido em 1944, tornou-se um grande nome camaronês nas
décadas de 60 e 70. Iniciou sua carreira ainda jovem no Dragon Club de Yaoundé,
por onde jogou até os 16 anos, quando rumou para a cidade de Marselha, na
França, para morar junto a seu irmão, e mesmo com ambição de se tornar
mecânico, acabou atuando pela pequena equipe do Gallia, do bairro de
Chutes-Lavie. Certo dia, em uma partida contra os reservas do Olympique de
Marseille, válida por uma copa provincial, seu time perdeu pelo placar de 4 x
5, com todos os gols da equipe sendo marcados por ele. Ao término do jogo,
dirigentes do clube adversário lhe fizeram uma proposta e assim foi parar no
Olympique, onde se tornaria ídolo anos depois.
O atleta que participava de treinos com a equipe
profissional no período da manhã e com os juniores à tarde estreou em uma
derrota por 0 x 4 contra o Sedan, e ao término da temporada disputou apenas 3 partidas,
marcando um único gol, na campanha que rebaixou o time à segunda divisão, pela
qual permaneceu pelas três temporadas seguintes. Na volta à elite em 66/67, foi
o 10º melhor marcador de todo o campeonato, com 15 gols e sua equipe tendo ficado na 9ª
posição. Na temporada seguinte, melhora e finda como o 3º melhor marcador, com
18 tentos anotados, e o Marselha na 4ª posição. Em 68/69 continua progredindo e
apesar de ser novamente o 3º maior artilheiro do campeonato, agora possui 21
gols. Em sua última temporada no Olympique, então com 26 anos, anota 24 gols e
termina o torneio na vice-artilharia.
É atualmente o 5º maior artilheiro da história do
Olympique de Marseille, com 111 gols marcados em 202 partidas, atrás apenas dos
franceses Emmanuel Aznar e Jean-Pierre Papin, do croata Josip Skoblar e do
sueco Gunnar Anderson. Seu gol mais importante talvez tenha sido o marcado na
grande final da Copa da França de 1969 (Gol retratado no video abaixo, a partir de 00:24), na qual o Olympique vinha vencendo o
Bordeaux com um gol de um chute do meia Jacques Novi, desviado pelo zagueiro
Gérard Papin, aos 37 do segundo tempo, quando, em uma partida que estava
equilibrada e seu time perigando levar o empate, Yegba sacramentou a vitória, o título, e o direito de participar da
Recopa Europeia do ano seguinte ao Olympique de Marselha, que não conquistava
um título importante desde o campeonato francês de 47/48.
Na temporada seguinte, beirando os 30 anos de idade
Joseph começa seu processo de decadência, participando de 36 partidas e
marcando apenas 11 gols. Dali em diante, ainda atuou duas temporadas pelo
Strasbourg e duas pelo Béziers antes de se aposentar, todas sem figurar entre
os maiores marcadores do campeonato.
Ao longo da carreira, somou 25 convocações para o selecionado nacional, e participou da Copa Africana de Nações de 72, marcando um
gol na primeira fase. Na competição de dois anos antes, para a qual a seleção
também havia obtido classificação, o Olympique de Marselha pediu uma
compensação financeira por sua convocação, que foi considerada muito alta pela
federação, o que impediu o atleta de disputar o torneio.
Após a aposentadoria, abriu um Hotel-Restaurante e com o tempo ganhou peso e adquiriu problemas de saúde. Conquistou também um diploma de treinador de futebol, e em 1995 foi comandar um time amador na comuna de Saint-Chinian na França, no qual chegou até a ser jogador de reserva em algumas partidas, a convite de um amigo.
Após a aposentadoria, abriu um Hotel-Restaurante e com o tempo ganhou peso e adquiriu problemas de saúde. Conquistou também um diploma de treinador de futebol, e em 1995 foi comandar um time amador na comuna de Saint-Chinian na França, no qual chegou até a ser jogador de reserva em algumas partidas, a convite de um amigo.
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