Faltando menos de 20 dias para a última partida das
Eliminatórias da CAN, o presidente da Burkina Faso decretou estado de
emergência no país.
Explicando de forma extremamente resumida, o atual mandatário
do país, Blaise Campaoré, há 27 anos ocupando o cargo, não poderia disputar as
próximas eleições, previstas para o ano que vem. Porém, o parlamento votaria
uma legislação para que essa restrição fosse desfeita, e então
intensificaram-se inúmeros protestos ao longo do país.
Para mais informações, recomendo desta matéria do site da BBC, em português. (clique aqui), ou esta do New York Times, em inglês (clique aqui)
Atualmente, os burquinenses ocupam a vice-liderança, que
dá vaga à CAN, do Grupo C das Eliminatórias, atrás do Gabão (8 pontos), e
seguidos por Angola (4 pontos) e Lesoto (2 pontos). Restam ainda os confrontos
contra Lesoto, fora de casa no dia 15, e Angola, em casa, porém, caso a
situação permaneça como está, é possível que atuem fora do país.
Mesmo que a maioria dos jogadores da seleção atue fora do
país, não sendo afetada com uma provável paralisação do recém-iniciado
campeonato nacional, trata-se sempre de uma situação delicada, já que temos
exemplos recentes como a Líbia, Egito e até a República Centro-Africana
entrando em período de decadência no esporte por grande influência da situação
política interna.
Outro país que passou por uma leve turbulência política
nesta semana foi a Zâmbia, com a morte do então presidente Michael Sata, aos 77
anos. Porém, pouco tempo depois Guy Scott assumiu o cargo interinamente e novas
eleições foram marcadas para daqui a três meses, e a situação é estável.
O Portal do Futebol Africano espera que a situação se
resolva o quanto antes, sem maiores consequências para a população, para que em
breve o esporte possa voltar a ser prioridade.
Confira abaixo imagens dos protestos de ontem:
Issouf Sanogo/Agence France-Presse — Getty Images |
Sudi Mnette/RTR/AFP |
AFP |
ISSOUF SANOGO / AFP - GETTY IMAGES
Joe Penney/Reuters |
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